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UMA VIAJANTE ALMA PAULISTANA

- GUILHERME ARANTES 40 ANOS - 

 

Ao completar estes 40 anos de carreira musical, eu tomei uma decisão de contar pessoalmente, da forma mais generosa e mais completa possível, todas as entrelinhas que permearam as composições de músicas e letras, já que o meu ofício primordial sempre foi o de compositor. Cantar, a princípio, foi uma “obrigação”, o canto era, pra mim – desde menino – uma habilidade secundária, já que, por influência do meu pai, sempre valorizei aquelas figuras “por trás” das grandes carreiras musicais, das estrelas do rádio e da televisão : os compositores. Compor, como toda criação de coisas a partir do nada, sempre foi muito lúdico e prazeroso, mas um ofício extremamente doloroso. Meu patíbulo, nestes 40 anos, foi o teclado do piano. Ali passei a maior parte da minha vida, procurando acordes e melodias que fizessem minha vida ter um sentido além de sobreviver. Minha história teria, pois, que ser contada sempre com um piano por perto…
Se eu escrevesse um livro com as histórias, os sons, acordes e temas não estariam ali, ficariam no silêncio da leitura. Se eu produzisse um DVD comemorativo para compartilhar com um público ao vivo (pela enésima vez) as vitórias do sucesso, estaria frustrando esse anseio de contar as histórias.
Achei melhor arregaçar as mangas e produzir um (longamente sonhado) documentário, recheado de caminhos musicais e poéticos que me trouxeram até aqui. Ao invés de privilegiar a linguagem de arena que pontua as produções comemorativas, eu queria muito mergulhar numa linguagem de câmara – com o intimismo de poder falar para o expectador de maneira individualizada, ao invés da forma coletivizada que a cultura de arena se acostumou a explorar. Eu queria que a pessoa que assistisse o meu documentário de 40 anos, se sentisse me fazendo uma “visita exclusiva”, numa sala de estar, com vários pianos, o órgão, o cravo, com livros e discos, e um roteiro cuidadosamente alinhavado pela minha memória, e, com valiosas pesquisas auxiliares a essa memória, que nada escapasse de cada época. O que líamos ? O que ouvíamos ? Que filmes, que fatos, e quais segredos preciosos poderiam fazer dessa jornada uma viagem mais interessante do que a mera exaltação da palavra “sucesso”, a essas alturas já tão proferida e (quase) sem mais nenhum significado. Seguindo a minha intuição, estabeleci alguns critérios importantes, especialmente no que diz respeito à vida particular. Não é, pois, uma história recheada de intimidades pessoais, que viessem apimentar a narrativa, e interessar a um olhar “voyeur”. Não se trata de uma vida espetaculosa para o deleite imediatista do tablóide. Trata-se do making-off detalhado de uma vida operosa, de um operário, e onde a fama, no fundo, teve um papel secundário. A maneira de fazer esse documentário também é uma proposta à parte : desde o início um coletivo de diretores de vídeo e áudio, Rodrigo Ceccato, Giuliano Gerbasi, Gabriel Martini, Pedro Arantes… tendo em mim, muito mais um mestre-de-cerimônias. Aquele que recebe em sua casa, que é sua vida. Distoa, pois, do modus-operandi das produtoras e emissoras, já que a condução da narrativa não obedece a um terceiro olhar…
Conta “as histórias” quem as viveu, juntamente com quem as compreendeu…
Guilherme Arantes, outubro 2016

 

“As Histórias (Guilherme Arantes 40 Anos)”

 

Este vídeo documentário conta, em 07 temporadas, as histórias dos 40 anos de carreira do cantor e compositor paulista Guilherme Arantes. Produzido com apoio do PROAC e tendo base o seu estúdio e produtora (Coaxo do Sapo), na Bahia, Guilherme contextualiza, em depoimentos e músicas, a construção de sua discografia icônica.
Histórias de sua base musical, com o grupo de rock progressivo Moto Perpétuo, a criação de repertório para os discos, as ideias, influências nacionais e internacionais para as composições, e detalhes de sua trajetória são destiladas em sete períodos distintos identificados pelo próprio artista. O documentário conta ainda com entrevistas e diálogos com outros personagens dessas histórias, que relembram momentos e passagens de quem viveu aqueles períodos.
Com uma direção coletiva dos diretores Giuliano Gerbasi e Rodrigo Ceccato, além do próprio Guilherme, esta série relembrará as histórias de toda a discografia do artista, com um novo registro de mais de 90 músicas de seu vasto repertório de compositor.

Uma Viajante Alma Paulistana – Guilherme Arantes 40 Anos

TEMPORADA 01:
De 1974 a 1977 – Nesta temporada, Guilherme Arantes aborda a sua formação musical, as origens de seu primeiro projeto profissional com a banda Moto Perpetuo, sua saída da banda e início da sua carreira solo com o estouro em 1976 da música “Meu Mundo e Nada Mais”, a relação com a sua primeira gravadora, a “Som Livre”, e a produção e execução do seu segundo disco solo, de 1977, “Ronda Noturna”.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL6mJI2sHw264gPEE3n5yVjxrFwnhnJb43

 

TEMPORADA 02:
De 1978 a 1981 – Com a mudança de gravadora, Guilherme Arantes busca surpreender o público e crítica especializada com composições que fugiam daquilo que era esperado para a sequência do sucesso de “Meu Mundo e Nada Mais”. Com discos confessionais e experimentais, Arantes fecha os anos 80 incorporando à sua sonoridade o piano CP-70 da Yamaha, que em pouco tempo se transformaria na marca registrada de suas músicas. Na virada de década, emplaca dois singles em rádios e chega a final do Festival MPB Shell, em 1981.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL6mJI2sHw2663IgR4D2ys02dMIl0LTyFj

 

TEMPORADA 03:
De 1982 a 1984 – Logo após o Festival MPB Shell de 81, Guilherme inicia a construção do repertório de seu próximo LP. De saída da Warner, ele conclui um dos discos mais populares de sua carreira, em 1982, emplacando vários sucessos perante o público e crítica. Em 83, de volta à Som Livre, Guilherme estoura com a música “Pedacinhos” e faz as pazes com a gravadora que o revelou. Já em 1984, Guilherme participa de diversos projetos paralelos, sendo regravado por diferentes artistas da MPB, e dá sequência a uma parceria com Nelson Motta, que geraria frutos em diferentes momentos de sua carreira.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL6mJI2sHw266iznKVbeV0TZSRK533L0PD

 

TEMPORADA 04:
De 1985 a 1988 – Guilherme se muda para o Rio de Janeiro e inicia a produção do seu primeiro disco na CBS. Nesta fase, compõe hits de variados estilos musicais, e ao lado de parceiros de composição e estúdio, transforma o período na nova gravadora em um momento de ouro. Da composição de “Cheia de Charme”, passando pelas novas parcerias com Nelson Motta, Arantes encerra o período compondo uma música especial para Roberto Carlos.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL6mJI2sHw267tZgd-JUNWeRzqoKI-gO4b

 

TEMPORADA 05:
De 1989 a 1992 – Durante este período, Guilherme aprofunda suas leituras buscando aprimorar sua poesia. Com a nova fase do rock nacional, se junta ao Barão Vermelho e ao guitarrista Luiz Carlini para emplacar a faixa “Taça de veneno”, inclusive em formato de videoclipe. Com temáticas de discos mais densos, emplaca dois temas de novelas que marcaram época, as músicas “Raça de Heróis” (novela “Que Rei Sou Eu”) e “Sob o Efeito de Um Olhar” (na novela “Vamp”).

https://www.youtube.com/playlist?list=PL6mJI2sHw267ZuaRU0TSL4tbxkJsfJ2RI

 

TEMPORADA 06:
De 1993 a 2000 – Com a explosão dos CDs e dos novos segmentos de música popular no Brasil, Guilherme Arantes faz seus últimos discos dentro de uma grande gravadora, com pouca repercussão nas mídias convencionais. Na virada dos anos 2000, altera o foco de sua carreira, criando um CD totalmente instrumental – com direito a uma apresentação no Steinway Hall, em NY (EUA) – e se muda de vez para a Bahia, iniciando seu novo projeto de vida.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL6mJI2sHw265vfPlbGNxTx1vnevbwVaQ7

 

TEMPORADA 07:
De 2001 a 2016 – Em um momento totalmente novo para sua carreira, Guilherme constrói o seu próprio estúdio e selo musical, o Coaxo do Sapo, no litoral norte de Salvador. Com a chegada dos novos formatos de produção e distribuição musical, além da consequente transformação do cenário das gravadoras, Arantes lança 03 discos independentes, tendo destaque o CD “Condição Humana”, que conquistou o prêmio de Melhor Disco 2013 no Prêmio Multishow, coroando um novo momento na carreira do artista.

https://www.youtube.com/playlist?list=PL6mJI2sHw265d_Hu07rkH6F4oh59P9v6F

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